‘A matemática me levou para a Nasa’, conta Ana Clara Darze

 

Estudante foi premiada pela OBMEP e pela Olimpíada Carioca de Matemática


Medalhista de ouro e bronze na OBMEP, a estudante Ana Clara Darze, de 14 anos, viajou neste ano para os Estados Unidos para conhecer a Nasa, em Washington, e a Disney, em Orlando. A viagem foi fruto do excelente desempenho na Olimpíada Carioca de Matemática - competição organizada pela prefeitura do Rio de Janeiro que conta com o apoio do IMPA. 

 

Aluna do nono ano do Ginásio Educacional Tecnológico Rodrigues Alves, no Rio de Janeiro, Ana Clara recorda que no início do Ensino Fundamental, ela nem gostava tanto de matemática. Hoje, a estudante acumula seis medalhas olímpicas que incluem além da OBMEP e da OCM, a Canguru de Matemática.

 

“Hoje, gosto bem mais de matemática do que no início. Em 2019, por exemplo, nem sabia que dava para ganhar medalhas e não ligava muito. Agora, a matemática me levou para a Nasa. Faria tudo de novo. Percebo que a viagem fortaleceu em mim o desejo de ir trabalhar lá, um dos meus sonhos. Meu pai até me deu um telescópio”, contou a estudante. 

 

A viagem para os EUA não foi a única experiência que a matemática proporcionou para a aluna da rede municipal do Rio. A medalha de bronze na OBMEP em 2021 garantiu acesso ao PIC (Programa de Iniciação Científica Júnior) e, posteriormente, à medalha de ouro em 2022. No ano seguinte, Ana Clara embarcou para Santa Catarina rumo à Cerimônia Nacional de Premiação da OBMEP. 

 




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“A OBMEP me fez crescer muito nos estudos. Através dela tive acesso ao PIC e a uma bolsa de estudos. A Olimpíada também me proporcionou muitas experiências incríveis, uma viagem para o Sul e ainda ganhei um celular, que veio em ótima hora. Tinha acabado de perder o meu telefone”, contou aos risos. “Recomendo que todo mundo participe da OBMEP porque ela oferece muitas oportunidades de estudo”, concluiu a estudante. 

 

Ana Clara explica que o PIC foi responsável por estreitar a relação dela com a disciplina. Além de participar das aulas presenciais do programa todos os sábados, a estudante adotou uma rotina de estudos em casa e realiza pelo menos um exercício de matemática por dia. “Hoje, vejo que a matemática representa para mim um desafio que abre portas para novas oportunidades e para um grande futuro. A matemática está em tudo.”

 

Alessandra Darze, mãe da estudante, destaca que a participação no programa proporcionou à filha habilidades que vão além dos estudos. “Ela desenvolveu um senso de responsabilidade maior com as atividades e com a bolsa de estudos. O auxílio de R$ 300 por mês foi sua primeira fonte de renda e investimento. A OBMEP abriu um novo caminho de possibilidades. Por conta da OBMEP, minha filha construiu experiências memoráveis.” 

 

Segundo Alessandra, a expectativa é que as premiações ajudem Ana Clara a conquistar uma boa graduação. Um dos desejos da jovem é cursar astronomia.